quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sobre despedidas

No final, fica uma lição. Sempre fica. Das promessas pueris, fica a leveza, embora a parte do "para sempre" fique para trás. Das canções, fica a sensação de poesia, como algo que não foi dito, mas que mora no peito. Fica também um nó na garganta que não se sabe ao certo de onde vem e nem para onde vai. Ah, e o barulho de acordes mudos. Das risadas, fica o silêncio. E todo o estardalhaço que o silêncio traz. Fica uma dor que, estranhamente, guarda uma certa ternura. Ficam as lembranças, embora cronologicamente perdidas no tempo do coração. No final, quem o coração ama, sempre fica. Embora o "sempre" fique para trás.